Nosso segmento atacadista de alimentos está inserido no mercado mercearil, que compreende produtos de uso comum das famílias, como alimentos, bebidas, limpeza, higiene e cuidados pessoais. O comércio atacadista é responsável por mais da metade da movimentação desse mercado, atingindo a fatia de 52% segundo pesquisa da Abad/Nielsen. A produção de alimentos expandiu-se muito rapidamente entre as décadas de 1960 e 1970, conhecida como Revolução Verde, com inovações tecnológicas aumentando a produtividade e a expectativa de erradicação da fome no mundo. Esse aumento extraordinário da produção agropecuária permitiu a redução da fome no planeta como um todo, embora em números absolutos atualmente 850 milhões de pessoas passam fome segundo a FAO.

Segundo o economista JEAN MARC VON DER WEID no canal a terra é redonda, “Todos os analistas insistem que as causas da fome e subnutrição no mundo se explicam por problemas de acesso à alimentação e não por falta de produto”. O setor atacadista está amadurecido, utilizando os melhores recursos de digitalização e automação em sua gestão, facilitando o escoamento dos produtos principalmente para as áreas do pequeno e médio varejo, atualmente as mais procuradas, como destaca Leonardo Miguel Severini da Abad, Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores. Mas a carga tributária é uma dificuldade para o crescimento de nosso segmento, um dos que mais sofrem com os impostos e a complexidade da legislação, como o presidente do Sindicato do Comércio Atacadista de Drogas, Medicamentos, Correlatos, Perfumaria, Cosméticos e Artigos de Toucador no Estado de São Paulo (Sincamesp), Reinaldo Mastellaro, discute há muitos anos.