O anúncio da inclusão da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (CEAGESP) na lista das operações que serão privatizadas pelo governo federal não vai mudar a disposição das entidades e empresas que cobram a mudança de endereço do maior entreposto de alimentos da América Latina, segundo a diretoria do Sindicato do Comércio Atacadista de Gêneros Alimentícios no Estado de São Paulo (SAGASP).
Apesar do anúncio do governo federal não especificar, ainda, qual será a modalidade de privatização — que pode ser na forma de repasse integral ao setor privado, concessão ou até mesmo uma Parceria Público-Privada (PPP) — para o SAGASP o processo não deverá demorar muito mais.
“Será preciso esperar o estudo que está a cargo do BNDES”, diz o presidente do sindicato patronal, Algirdas Balsevicius.
“Mas de uma coisa temos certeza: a CEAGESP vai ter que sair de onde está. Isso não muda”, continua.
O SAGASP defende há 18 anos que nem a CEAGESP – localizada atualmente na Vila Leopoldina – e nem a Zona Cerealista – instalada há quase um século na região central de São Paulo – têm mais condições de permanecer onde estão.
Balsevicius lembra que já há propostas concretas para a mudança e que o SAGASP apoia uma em especial: a do consórcio CEASP. Isso porque a proposta é a mais completa e abrangente de todas. Na opinião da entidade, a única que realmente resolve os principais problemas enfrentados pelos permissionários, empresas e consumidores que utilizam o entreposto.
PROJETO ESPECIAL
O projeto do CEASP prevê a construção do novo Ceasa em um terreno de 408 hectares na cidade de Santana de Parnaíba, localizada na Região Metropolitana Oeste de São Paulo. O terreno tem saídas diretas para o Rodonael Mário Covas, o que viabiliza por completo o acesso tanto de quem compra quanto de quem vende.
O gigantesco complexo projetado pelo CEASP abrigará seis platôs estrategicamente preparados sendo: um com funções logísticas e transporte de cargas; um pavilhão para frutas, legumes e verduras; um destinado a produtos da Zona Cerealista; um dedicado ao seguimento de flores e os demais à atividades complementares como serviços, lazer, restaurantes, hotel e centro de informações.
PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL
A questão ambiental também é uma preocupação do projeto do CEASP. Na proposta 60% da área verde será preservada, ficando aproximadamente 500 mil m² destinados para a construção de um parque com muita natureza, esculturas e paisagismo.
Para o presidente do SAGASP a construção desse novo Ceasa será um marco para a história não só do Estado de São Paulo, mas do Brasil. “Nossa capacidade de comercializar produtos vai aumentar muito de tamanho, assim como as ofertas de empregos, oportunidades de turismo e negócios. Será uma revolução”, finaliza.
Para saber mais detalhes sobre o novo Ceasa é só acessar o link
http://novoceasasp.com.br/